Já escrevi um post explicando os diferentes serviços que executo: Psicoterapia, Coaching e Orientação Profissional. Na ocasião utilizei uma linguagem mais metafórica (Como o ditado diz: Cada coisa em seu lugar – 5 de novembro de 2013). Também já escrevi um post explicando especificamente as diferenças entre os processos (Psicoterapia X Coaching – 7 agosto de 2013).

Como são posts mais antigos, hoje retomarei o tema, pois uma dúvida chegou a mim: tais processos não seriam contraditórios?

A resposta é não! E a explicação é que seus objetivos e focos são distintos. Enquanto o Coaching foca em ação, resultado, futuro; a Psicoterapia foca em sentimentos, emoções, alívio e muitas vezes em revisão do passado. Desta forma, não só não são contraditórios, mas podem ser complementares. Tenho alguns pacientes de Psicoterapia inclusive que passam concomitantemente pelo Coaching (com outro profissional) e ambos os processos se complementam e se alimentam. Ou que finalizaram o Coaching e perceberam que a dificuldade para implementar algumas metas e atingir resultados mais expressivos era decorrente de questões emocionais mais profundas, que o Coaching não podia dar conta.

Coaching é um processo de começo, meio e fim. Entre 10 e 12 sessões focamos no problema, estabelecemos a meta a ser atingida, elaboramos o plano de ação e acompanhamos o passo-a-passo, identificando e trabalhando com os possíveis obstáculos que atrapalhem o processo. O foco é no comportamento/competência a ser desenvolvida para que cheguemos ao objetivo esperado.

A Psicoterapia por sua vez, tem começo, meio, mas o fim não dá para dizer quando, se em 10 sessões ou em 100. O objetivo é acolher e elaborar medos angústias, ansiedade e identificar e desenvolver talentos e potencialidades. Contudo, não tem como prever um período de tempo específico para que isso aconteça. Cada pessoa, cada processo tem seu tempo próprio e no universo psicoterapêutico é importante respeitarmos isso.

Ambos são processos lindíssimos, promotores de autoconhecimento, que para mim é a ferramenta mais poderosa que pode existir. Quando conhecemos nossas fortalezas e vulnerabilidades, as dificuldades, os imprevistos não nos atingem tanto. Se tais intempéries porventura nos derrubarem, sabendo quem somos e como funcionamos, fica muito mais fácil nos levantarmos.

Enfim, esta é minha contribuição de hoje. Espero que aproveitem e reflitam, qual seria o processo mais pertinente a seu caso: desenvolver competências que sabe que precisa para chegar lá; ou cuidar das emoções que te atrapalham para chegar nisso? Nada impede que sejam ambos…

Até breve.

Abraço,

Lilian Loureiro