Em buscar por um lugar ao sol, astro rei que nos últimos dias não tem se feito muito presente em minha querida Curitiba, lá vou eu para mais uma “travessia”…

Quarta-feira, 12 de outubro, resolvei vencer minha resistência e me aventurar no universo YouTube! Vivenciei a aventura de maneira leve, fluída, minha cara… Sem script, falando conforme a ideia vinha… Assim foi e como resultado fiz um vídeo de quase 15 min, MUITO fora do que o “padrão YouTube” sugere (algo entre 4 a no máximo 6). Chutei muito longe do gol, simplesmente o DOBRO da distância esperada…

Além do quesito tempo, são tantos outros cuidados que se tem que ter e pensar ao se aventurar no universo dos vídeos… Eu, que inocentemente achei que era SÓ ter uma ideia ir lá e gravar… isso seria mais que suficiente… Não, não não!!!

A bola fora do tempo, foi apenas UM, dos inúmeros chutes errados que dei: 2) chutei na trave do enquadre da câmera: não fiquei alinhada ao Setting, além do que quando lia o texto que me propus, o ângulo da câmera cortava meu queixo… 3) Ao invés de olhar para câmera, “olhava” pros meus pensamentos e divagações…

Tantas coisas para se considerar, cuidar… Pensei comigo, “poxa, mas não é conteúdo o que mais importa?”. E após dividir o vídeo com algumas pessoas queridas para ter o feedback delas, a resposta foi: “Infelizmente não!”. Muitas vezes, mesmo o conteúdo sendo fantástico, sem os devidos cuidados com os tais quesitos, o vídeo torna-se pouco atrativo o que não gera visibilidade. E um assunto tão legal e relevante acaba não sendo bem aproveitado…

Confesso que ao ouvir isso senti uma enorme preguiça e meu LADO REBELDE e um tanto quanto anárquico, que não admite ser corrompido por sistema que nos força a “caber” em caixinhas pré-formatadas, virou os olhos de forma um tanto quanto petulante e pensou: “Definitivamente não nasci pra isso! Vou continuar com meus textos aonde me sinto livre e leve para escrever da forma que tiver vontade”.

Quando então, outro lado, o LADO INSTIGANTE E QUESTIONADOR, que por sinal é muito bem informado e embasado teoricamente, soprou em meu ouvido: “não se esqueça daquilo que Jung diz e que você tanto trabalha com alguns pacientes: opus contra naturam… Desenvolver-se significar ir contra a inércia, sair do seguro, enfrentar desafios…

Se esse tal lado tivesse dito APENAS isso, já teria sido o suficiente. Mas não, ele não se deu por satisfeito e complementou: “lembra do antídoto contra as Crenças Irracionais do Método do Coaching Racional, especificamente as frases: A realidade é o que ela é e não o que eu gostaria que fosse! e O universo não foi construído para que eu dentre todas as pessoas tenha uma vida mais fácil que as demais”.

Para arrematar e acabar comigo e com a minha resistência de vez, lembrou-me da palestra maravilhosa que Rosely Sayão ministrou em Curitiba há umas 2 semanas atrás, e dentre tantas coisas que foi discutido, o tal lado destacou o ponto em que ela abordou a questão do LIMITE. Segundo Rosely, limite é uma palavra interessante, paradoxal, que hora significa uma coisa, hora significa outra. Deu como exemplo as Paraolimpíadas: para se jogar futebol é preciso ter o LIMITE do campo. Sem campo não há jogo. É imprescindível delimitar o território onde a partida será jogada, deixar clara quais são as regras do jogo, caso contrário não haverá brincadeira e sim barbárie…

Em contrapartida, a particularidade das paraolimpíadas é justamente as limitações físicas dos atletas. Limitações essas que poderiam até impedi-los de competir. E aí que vem o lado paradoxal do LIMITE: por essa perspectiva respeitá-lo significa não jogar, estagnar e render-se à limitação. Para que os atletas paraolímpicos joguem é necessário que superarem o próprio limite físico, se desenvolvam, para assim darem o show que deram, nos mostrando a força e capacidade incrível que o ser humano tem.

Bom, acho que dá para imaginar o final da história, né… Diante de tantos argumentos que a “bendita” voz questionadora soprou, estou tendo que me a ver com minha resistência e pensado que nessas horas ignorância seria um dom… Conhecimento é via de mão única, uma vez que adquirido, é um caminho sem volta, não há retorno!

Então, ao invés de ser rebelde contra o sistema youtube, bora lá rebelar e radicalizar minhas próprias limitações… O campo do jogo tá na área, cabe a mim aprender a jogar, entender quais são as regras e assim poder desfrutar da brincadeira…

Como na vida tudo é uma questão de perspectiva, resolvi encarar o desafio não mais pela busca por um lugar ao sol com jeito jeito “diferentão” de ser, mesmo porque não tenho a menor pretensão de ter visibilidade pela visibilidade; minha intenção sejam com meus textos, posts e agora vídeo é compartilhar temas e conteúdos que propiciem janelas de reflexão para o autoconhecimento daqueles que tenham coragem de se empreende por esses caminhos… Enfim, o desafio agora foi potencializado pelo motivador intrínseco de minha própria auto-superação!

Ótimo final de semana, eu vou ali aprender as regras do jogo e logo mais volto com novidades!!! 😉