Autoconhecimento, palavra da vez: a chave para o sucesso. Todos os processos de desenvolvimento pessoal ou profissional exigem autoconhecimento como etapa imprescindível do processo. Mas, o que isso significa? Será que é tão simples assim?
Conhecer-se não é apenas conhecer suas habilidades, competências, explorar sonhos, almejar metas e esperar resultados.
Autoconhecimento é muito mais profundo. É enfrentar as fragilidades, olhar os pontos cegos, os medos, receios, julgamentos… O que muitas vezes não combina com o esperado, almejado. Pelo contrário, por vezes queremos deixar de fora a todo custo o que descobrimos a nosso respeito, pois a “novidade” pode influenciar negativamente no resultado.
Autoconhecimento é para os corajosos, dispostos a se surpreenderem. O pior defeito pode ser qualidade e a melhor qualidade pode ser defeito. Como diz o ditado, “entre o remédio e o veneno, o que muda é a dose”.
Mas, enquanto existir o ideal do “se conhecer”, a verdade psíquica, a essência não poderá se manifestar. É muito fácil, evitar conflitos e ficar na zona de conforto… Agora sentar na poltrona do psicólogo, se propor a se descobrir, requer muita coragem.
Atualizar o passado, sair da vitimização, descobrir recursos internos… isso só para quem tem coragem. Só quem já passou por isso, saber a dor e o alívio que representa.
Por mais que a vida não esteja conforme o sonhado, permanecer na mesma é mais seguro. A zona de conforto, pode ser apertada, sufocante; mas protege, alimenta. Romper dói. Dilacera, é como Hillman diz: “A psicologia é concebida como uma atividade necessária da psique, que constrói vasos e os quebra para aprofundar e intensificar as experiências”.
“Quebra para aprofundar” eis o desafio autoconhecimento e eis porque é para os corajosos. Quebrar o “belo” em nome do “possível feio” não é para qualquer um. Mas, para aqueles que se aventuram por essa jornada, conhecer-se é mágico e transformador.
“Muitas vezes sua neurose consiste no fato de estar preso ao seu passado e querer justificar tudo pelo o que ocorreu no passado” (Jung). Fica a dica para reflexão…
Ótima terça-feira!