Bom dia! Primeiro post do ano com um tema recorrente e pertinente ao início de um novo ano: quero, mas não posso ou não consigo. Atire a primeira pedra que nunca passou por isso…

2015 começou e com certeza algumas coisas não estão ocorrendo conforme o planejado… pode ser o vestibular que não passou; a promoção que não veio; o aumento de impostos que ninguém estava esperando, enfim, os exemplos são inúmeros.

Quantas coisas sonhamos, idealizamos, corremos atrás que, ou não acontecem ou quando acontecem, não é no tempo que queremos.

Fazer nossa parte, mesmo da melhor maneira possível não é garantia para coisa alguma. É simplesmente nossa parte que foi bem feita! Claro que nossas chances de bom resultado aumentam, mas… não há 100% de garantia. É doloroso constatar isso, já que é muito difícil para o ego vislumbrar sua limitação perante um todo muito maior que seu desejo e vontade. Reclamamos, lamentamos, esperneamos tanto… A tensão emocional da frustração pode até ser aliviada dessa forma, mas nenhum resultado diferente acontece com isso.

Quantas pessoas atendi, quantos momentos pessoais vivencie, em que tudo que estava ao alcance não foi apenas feito, mas “bem feito” e no final o resultado não foi o esperado. Que raiva, quanta frustração… Pode acontecer do impacto para o ego ser tão intenso, que pessoas chegam a adoecer. Atendi alguns casos de Crise de Pânico que tinha como base exatamente isso.

Ficar na posição do “ego esperneante”, tal qual uma criança pequena com ataques de birra porque não conseguiu o que queria, não levará a lugar algum! Entraremos em um ciclo vicioso, a frustração será retroalimentada e o adoecimento psíquico e físico poderão até se intensificar.

Se não aconteceu, algum aprendizado intrínseco tem, por mais doloroso que seja admitir isso. Como menciono sempre em meus posts: a visão da psicologia analítica é prospectiva: em tudo há uma finalidade maior. Ficar preso na frustração do “não aconteceu como eu queria”, mina todo o potencial de aprendizado e possibilidade de novos olhares e perspectivas sobre o acontecido.